quarta-feira, maio 19, 2010

Mais uma vez alçastes meu tom, entonou melodias para alguém que vive de impossibilidades e fixastes teu olhar ao ponto morto.
Desculpa por ter morrido, e ter lhe feito parar apenas para observar-me hoje sem voz e feita em lágrimas, essas não mais minhas, tuas.
Um ginásio, infindas trocas de olhares e uma queda brusca, provocada por tua perfeita entonação essa que fez parte de mim se perder.
Me roubastes covardemente, maldito ladrão de mim.
Tu disse que se importava, que porra de importância é essa que eu não vejo? Tu mente apenas para arrancar-me sorrisos, esses por vez sinceros e tão cautelosos para não soarem plastificados.
Eu acreditei nessa importância e acreditei quando tu disse que seria alguém que não iria mentir e que sempre me abraçaria ao cair da escuridão.
Tu profana; Me envolve; Me engana.
Agora é a hora de culpar, não te culpo, culpo-me.
Sou digna de pelo menos isso assumir, assumir que não sei se tua entonação é real, ou mais uma paranóia, culpo-me por nem isso saber. Estúpida.
Acabo que por fim crendo em palavras alheia sobre tu. Não o "tu" que é meu eu, e sim o "tu" que tu esconde de mim, apenas para poupar outra vez tuas lágrimas que escorrem por intermédio de minha face.
Mania de TU que não cessa.
Volto-me ao caminho onde espero apenas pelo dia onde tu entonaras notas verdadeiras para me fazer chorar, lágrimas não mais tuas, essas minhas.

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