sexta-feira, maio 21, 2010

Ocupação de sonhar

O mundo esta ocupado porque eu preciso falar, eu preciso e agora, mas eles estão jogando palavras ao vento, e cuspindo uns nas caras dos outros.
Enquanto eles se devoram por colunas políticas eu me ocupo sonhando, ocupação de vagabundo de alma perdida e errante, erro tentando acertar, ou apenas por não tentar nada, por estar cansada dessa realidade chucra.
Meus sonhos se encontram em prateleiras de bibliotecas, na área infanto-juvenil.
Maldita síndrome de Peter Pan. 
Síndrome é o caralho, o que eu tenho é falta de vergonha na cara.
Não entro em meu quarto a dias, pois os sonhos lá são como leite que azedam rapidamente, meu travesseiro esta pesado de maus pensamentos, minha cama agora é um sofá, até porque fica perto da cozinha onde se encontra séries de facas afiadas que me auxiliam quando a dor aperta, e perto da que hoje chamo de melhor amiga.
Cafeteira.

quarta-feira, maio 19, 2010

Mais uma vez alçastes meu tom, entonou melodias para alguém que vive de impossibilidades e fixastes teu olhar ao ponto morto.
Desculpa por ter morrido, e ter lhe feito parar apenas para observar-me hoje sem voz e feita em lágrimas, essas não mais minhas, tuas.
Um ginásio, infindas trocas de olhares e uma queda brusca, provocada por tua perfeita entonação essa que fez parte de mim se perder.
Me roubastes covardemente, maldito ladrão de mim.
Tu disse que se importava, que porra de importância é essa que eu não vejo? Tu mente apenas para arrancar-me sorrisos, esses por vez sinceros e tão cautelosos para não soarem plastificados.
Eu acreditei nessa importância e acreditei quando tu disse que seria alguém que não iria mentir e que sempre me abraçaria ao cair da escuridão.
Tu profana; Me envolve; Me engana.
Agora é a hora de culpar, não te culpo, culpo-me.
Sou digna de pelo menos isso assumir, assumir que não sei se tua entonação é real, ou mais uma paranóia, culpo-me por nem isso saber. Estúpida.
Acabo que por fim crendo em palavras alheia sobre tu. Não o "tu" que é meu eu, e sim o "tu" que tu esconde de mim, apenas para poupar outra vez tuas lágrimas que escorrem por intermédio de minha face.
Mania de TU que não cessa.
Volto-me ao caminho onde espero apenas pelo dia onde tu entonaras notas verdadeiras para me fazer chorar, lágrimas não mais tuas, essas minhas.

sábado, maio 08, 2010

Realmente não me dei conta do erro, nunca dou conta de nada.
Eu não aprendi a não julgar o livro pela capa, sempre chego até o índice e dou de cara com o primeiro capitulo, como ele se chama? Ilusão.
Me fodi denovo, DROGA!
Leio, releio, sempre os mesmos textos e as mesmas bostas de primeiros capítulos, acabo que por fim não chegando nem ao meio, boto fim ali mesmo onde está. Largo o livro ali onde eu botei fim, e o tempo vai engolindo capitulo por capitulo.
Não quero mais ler, minha vista esta cansada e meu coração, a esse ai já se cansou antes mesmo de começar, esse é preguiçoso e se cansa só por estar batendo.
Algumas pessoas foram até o fim dos livros, e me disseram que o ultimo capitulo chama-se valor, por isso que não passo do primeiro, valor deveria ser o primeiro.
Deveria? Tenho que para de pensar no dever, nem sequer sei o porque de tanta melancolia, e vou querer mudar agora o primeiro capitulo do livro? Poupe-me a paciência criança.
Parto-me.
Não me dei conta, nunca dou.

A: Ainda não aprendeu a não julgar livros pela capa?
B: Não e sempre vou até o índice, as vezes o primeiro capitulo.
A: Então leia mais
B: Pra quebrar a cara mais uma vez, evitarei. Paro por aqui.
A: Então não escreva palavras de ilusão no verso da capa.

Equivoco, eu li minhas palavras na contra capa e pensei ter lido o primeiro capitulo.

segunda-feira, maio 03, 2010

Riscar, traçar, subir, descer ou ser empurrada e cair.
É como uma montanha russa numa profusão de confusões, tu grita mas a rádio informa que só Winston tem a voz. Corre mas perdeu a hora antes mesmo de acha-la.
Procurou; Achou; Perdeu; Correu; Recuperou; Morreu, o tempo se esvaiu.
Evasão de medos, Alice Narcoléptica grita querendo voltar, teus gritos me apavoram, medo voraz com o sangue na garganta, e quando pensa que acabou continua a cair, ela está no primeiro carrinho da montanha russa, e não mais respira, igual a mim que nunca soube como respirar, muito menos como pausar a queda contra esse abismo profano.
Alice pode ser eu, ou pode ser apenas meu grito calado.

Funerais